quinta-feira, 7 de junho de 2007

Culto do Evangelho no Lar


No Sábado passado fizemos nossa tradicional reunião de culto no lar, onde mais uma vez fomos agraciados por belas mensagens espirituais, onde nos emocionamos com a energia e a luz que emanava em todo o ambiente.
Quero aqui agradecer a todos os amigos que participam de nossa singela reunião, e todos aqueles que nao puderam participar ainda, se sentirem vontade de participar sintam-se convidados!





Agradeço tambem a minha amiga Noemia e o Reginaldo por nos receber tão bem em sua residencia como a todos os companheiros espirituais que nos acompanham nesta jornada.





Olhe só a cara da Tina esperando o lanche no final da reuniao! ela é uma figura né!!!!

E ja que estou falando sobre a espiritualidade, vou transcrever aqui uma das perguntas do médium Carlos Baccelli ao espírito de Chico Xavier, que se encontra no livro: "Chico Xavier responde":



O texto é um pouco longo, mas vale a pena pela lição:

- Chico, ha algum caso inédito que não tenha contado a ninguém?
- Lembro-me que, em determinada época todos os dias um espírito me esperava no trajeto que fazia de casa ao escritório em que trabalhava, na Fazenda Modelo. Ele me agredia verbalmente, proferindo palavras impublicáveis, e me ameaçava de morte, dizendo ter sido destacado para tanto. Íamos conversando mentalmente, não raro, pela manhã, eu chegava extenuado ao escritório, como se alguém tivesse me submetido a uma surra... Emmanuel me recomendava manter a calma, explicando-se que, no momento, nada poderia ser feito - que me conservasse calado e não revidasse às agressões. Eu não me recordo de nunca ter ouvido termos tão chulos!Às vezes, ele se aproximava com um porrete nas mãos e, escarrando-me no rosto - escarrava mesmo! -, me acusava de covarde... Eu sentia que, para consumar algo mais grave comigo, ele precisava que eu reagisse, pois, se aceitasse qualquer provocação, através de meus próprios fluidos ectoplasmáticos estabeleceria a ponte para atingir-me fisicamente. O amigo que me conduzia de charrete de casa até o escritório, acostumado com as minhas conversas descontraídas, ficava sem entender o meu silência e, de outras vezes, as palavras desconexas para ele, que pronunciava em voz alta, como se estivesse dialogando com uma sombra; ele chegou - coitado! - a preocupar-se tanto comigo, que recomendou ao Dr. Rômulo, nosso chefe, que me concedesse umas férias para eu tratar da cabeça...Não havia jeito de o espírito me conceder uma trégua e, aos poucos, aquilo foi me induzindo a uma quase depressão. Todo dia, era a mesma coisa, e foi aí que pude melhor avaliar o que suportam as vítimas de uma obsessão insidiosa.
Quando se completaram mais ou menos seis meses daquela perseguição, Emmanuel veio com o Dr. Bezerra de Menezes dizer-me que, finalmente, provicências haviam sido encaminhadas; que eu tivesse um pouco mais de paciência que, dentro de mais alguns dias, o caso se resolveria.- Chico, qual era o aspecto do espírito?- Ah, meu filho!, praticamente, a cada encontro; a voz era sempre a mesma, mas o seu aspecto...- E você não orava?- Só faltou me colocar de joelhos no assoalho da charrete... Prece alguma parecia sensibiliá-lo. Quanto mais orava, mais ele me xingava!- Como você se viu livre dele?- Numa tarde, no final do expediente, uma senhora me esperava para conversar. Atendia-a, preocupado com o horário, pois naquela quarta-feira teríamos desobesessão no centro, e eu não deveria me atrasar. - Em que poderia lhe ser útil, minha irmã? - perguntei-lhe. - O senhor me desculpe vir incomodá-lo no serviço, mas não tenho mais a que recorrer - explicou-se. - Sei que o senhor é um homem caridoso e tenho uma neta doente em casa; ela está com uma bicheira na perna que nada conseguir dar volta... Coitadinha, está sendo devorada viva! Eu não tenho mais dinheiro para médico e remédio; já vendi todas as minhas galinhas e os porcos que criava... Simpatia e benzição alguma têm dado resultado. Vim recorrer ao senhor. Por caridade, vem comigo! - Minha senhora, mas daqui há pouco eu tenho sessão no centro e não posso faltar... Amanhã de manhã, eu prometo visitá-la. - Amanhã de manhã não serve, Chico; tem que ser hoje e agora. Escutei, nítida, a voz de Emmanuel.- Então, vamos - respondi a ela, mudando de opinião, sem que a pobre mulher me entendesse de súbita atitude. - A senhora me leve até lá... A noite caiu depressa e começou a soprar um vento excessivamente gelado. Depois de andar uns cinqüenta minutos, chegamos às proximidades de um brejo, adentrando uma casinha de um só cômodo, que, sinceramente, estava prestes a desabar.
- O senhor não repare, mas é aqui que moramos... Desde que meu marido morreu, temos passado muita necessidade; eu já não tenho mais forças para cultivar nada...- E a menina?...- A menina, subnutrida, tiritava de febre, enrolada em alguns trapos; deveria ter de sete a oito anos. Sinceramente, eu nunca havia visto tanta miséria. Abaixei-me e comecei a tirar-lhe o pano da perna, procurando não me sentir incomodado pelo forte e desagradável cheiro de carne em putrefação... - Meu Deus, o que fazer? - perguntei, quando vi o estado da ferida que prativamente se estendia do calcanhar ao joelho da perna direita. Sob a luz da lamparina, examinei-a e não pude conter as lágrimas... Com certeza, aquela perna teria que ser amputada. - Por caridade, moço - solicitava-me a avó aflita -, não deixe minha netinha morrer, não deixe, pois ela é tudo que me restou de uma família que se destruiu...- Por onde andavam seus pais?- O pai havia sumido no mundo e a mãe, filha daquela senhora, saltara debaixo das rodas do trem, em Sete Lagoas.- E o avô?- Desesperado com o suicídio da filha e em grande revolta contra Deus, tivera um colapso fulminante.- Naquelas circunstâncias, o que pôde ser feito?- Orei, meu filho, com todas as fibras do coração e, utilizando os dedos como pinça, comecei a retirar aquelas larvas uma a uma; no entanto, quanto mais eu as retirava, mais elas pareciam se multiplicar... A menina, de tão fraca, não soltava sequer um gemido. Agora, sentado no chão de terra úmida, com a perna dela sobre o meu colo, percebendo inúteis todos os meus esforços, as minhas lágrimas se faziam mais copiosas. Foi quando, então, divisei o vulto do Dr. Bezerra naquela choupana, em que se desdobrava tão dramática cena. Eu me esquecera completamente da sessão no "Meimei" e perdera a noção das horas... - Chico - disse-me o Dr. Bezerra -, utilize as suas lágrimas como soro fisiológico e antibiótico... Lave, Chico, lave toda a perna da criança com as suas lágrimas!
- E você o fez?- Creia, meu filho, que não me foi difícil, porque eu nunca havia chorado tanto... Quando terminei aquele curativo, a menina dormia e a sua avó me olhava assustada, com a lamparina prestes a apagar nas mãos. Devo ter saído de lá quase meia-noite e não sei como, sozinho, pude acertar com o caminho de volta.- E o pessoal do centro?- Preocupara-se com a minha ausência, mas, quando cheguei a casa, só a minha irmã Luíza estava me esperando acordada. - Chico, por onde você andou? - perguntou-me, da cama, escutando o barulho da porta se abrindo. - Fui visitar um doente; não se preocupe - respondi. - Você ainda há de ser agredido por aí, se expondo desse jeito; qualquer hora, vamos receber a notícia de sua morte aqui em casa... - Fique tranqüila, Luíza, ninguém morre!... - Naquela noite, eu não consegui dormir de jeito nenhum: a visão daquelas larvas se mexendo na perna da menina e aquele odor forte nas narinas...- Você foi trabalhar no outro dia?- É claro que sim, e saí mais cedo para que ninguém me visse de olhos inchados, e, depois, o nosso chefe na repartição não admitia falta injustificável - se a gente estava doente, tinha que ir até lá para mostrar que estava doente e ser dispensado por ele!- E o espírito que o esperava na estrada?- Estava lá, meu filho, de porrete na mão, à minha espera. Quando o avistei, imaginei que fosse desfalecer; eu havia despendido muita energia e me sentia enfraquecido... - Hoje, ele me pega - disse, conformado. Mas, para minha supresa, ele me acompanhou o trajeto todo sem dizer uma única palavra e, inclusive, tive a impressão de que se compadecia de mim. O Dr. Rômulo era um homem enérgico, no entanto de coração muito sensível à dor dos semelhantes. Ao notar-me diferente, trabalhando mais lento naquele dia, ele me perguntou o que estava acontecendo.
Expliquei o ocorrido e, à hora do almoço, ele me pediu que o levasse até a caa da garotinha; mandou encher a charrete de mantimentos e, em poucos minutos, lá estávamos. A senhora avó dela, quando nos viu chegando, caiu de joelhos e ergueu as mãos postas para o Céu. - O que é isso, milha filha? - indaguei, desconcertado. Milagre! Milagre!... Venham, venham ver!... A menina, já sem febre e com a perna semicicatrizada, esboçou um sorriso quando entramos. - O senhor é um santo, "seu" moço! - falou-me, não cabendo em si de contente. - Um animal!, eis o que sou, minha avó - retruquei, com vergonha do meu chefe, que, sem cerimônia, emendou: - É por este motivo que ele trabalha na Fazenda Modelo, dona!- O que aconteceu em seguida?- O Dr. Rômulo providenciou para que a avó e a neta tivessem recursos para irem ao encontro de familiares que viviam no interior de São Paulo, na cidade de Amparo. Pagou-lhes justo preço por aquele pedaço de terra e, depois de dois meses, eu as conduzi à estação ferroviária; a menina, de nome Joaquina, corria de um lado para outro, com um laçõ cor-de-rosa amarrado aos seus cabelos castanhos cacheados...- O espírito que o ameaçava e queria matá-lo...- Era o avô de Joaquina, esposo de D. Emerenciana. Transformou-se em meu amigo e naquele dia mesmo, após a primeira visita que, na companhia do Dr. Rômulo, fizemos ao humilde casebre onde a esposa e a neta moravam, esperou-me, à tarde, na estrada, quando voltava do trabalho, e me disse: - Quer pedir a você que me perdoe; eu estava transtornado e outros espíritos, inimigos seus, se aproveitaram de mim... Enquanto eu puder, ninguém há de lhe encostar a mão. Chame-me, quando precisar... Eu não tenho o seu coração, mas você não tem a minha força; sou um homem rude, no entanto sei ser grato... De hoje em diante, você pode contar comigo, para o que der e vier!...
- O que você lhe respondeu?- Abencoi-o, meu filho, e não dispensei o seu oferecimento; o médium, para cumprir com o dever que lhe cabe, necessita do auxílio de muita gente...- Precisou dele alguma vez?- Precisei, mas isto é outra história e fica para depois.- Naquela noite a sua própria desobesessão...- Foi feita pela Caridade!




"Chico Xavier foi um homem exemplar e sempre disposto a fazer o bem. Dedicou a vida às pessoas que o procuraram. Soube entendê-las, amá-las e orientá-las."

Querido Chico, sei que continuarás junto aos pobres e humildes que você amou, abraçou e socorreu, mas lhe peço, não esqueça de nós outros, pobres de virtudes e cheios de fraquezas, venha socorrer-nos nas dificuldades que encontramos para aprender a amar, perdoar e servir.
Até breve, querido Chico. Estamos felizes pela sua vitória! Com certeza, neste momento, você desfruta da presença do Mestre a quem soube amar e representar junto aos seus irmãos aqui na Terra. O Brasil recebeu muito de você enquanto esteve encarnado entre nós, e receberá muito mais agora, pois você será uma voz ecoando nos céus da nossa pátria, intercedendo constantemente junto a Jesus por todos os brasileiros.
Até breve, querido Chico! obrigado pelos seus ensinamentos!

Com carinho.
Hercules.

Um comentário:

parla marieta disse...

Meu querido, meu amigo.
Somos nós que devemos agradecer a você por essas reuniões tão proveitosas, onde a cada dia aprendemos um pouco mais, e damos um passo à frente.
Deus sabe muito bem a quem Ele deve dar o dom. Que esse seu dom seja sempre bem aproveitado, junto com os sábios ensinamentos do mestre Chico Xavier.
Sou grata à você pelas lições que tenho aprendido.
Uma pessoa que dedica seu tempo a ajudar o próximo, só pode ser muito, muito, muito feliz. E é isso que eu sempre desejarei à você. Muita saúde, paz, harmonia e felicidade. Obrigada por tudo.