Quero aqui agradecer a todos os amigos que participam de nossa singela reunião, e todos aqueles que nao puderam participar ainda, se sentirem vontade de participar sintam-se convidados!
Agradeço tambem a minha amiga Noemia e o Reginaldo por nos receber tão bem em sua residencia como a todos os companheiros espirituais que nos acompanham nesta jornada.
Olhe só a cara da Tina esperando o lanche no final da reuniao! ela é uma figura né!!!!
E ja que estou falando sobre a espiritualidade, vou transcrever aqui uma das perguntas do médium Carlos Baccelli ao espírito de Chico Xavier, que se encontra no livro: "Chico Xavier responde":
O texto é um pouco longo, mas vale a pena pela lição:
- Chico, ha algum caso inédito que não tenha contado a ninguém?
- Lembro-me que, em determinada época todos os dias um espírito me esperava no trajeto que fazia de casa ao escritório em que trabalhava, na Fazenda Modelo. Ele me agredia verbalmente, proferindo palavras impublicáveis, e me ameaçava de morte, dizendo ter sido destacado para tanto. Íamos conversando mentalmente, não raro, pela manhã, eu chegava extenuado ao escritório, como se alguém tivesse me submetido a uma surra... Emmanuel me recomendava manter a calma, explicando-se que, no momento, nada poderia ser feito - que me conservasse calado e não revidasse às agressões. Eu não me recordo de nunca ter ouvido termos tão chulos!Às vezes, ele se aproximava com um porrete nas mãos e, escarrando-me no rosto - escarrava mesmo! -, me acusava de covarde... Eu sentia que, para consumar algo mais grave comigo, ele precisava que eu reagisse, pois, se aceitasse qualquer provocação, através de meus próprios fluidos ectoplasmáticos estabeleceria a ponte para atingir-me fisicamente. O amigo que me conduzia de charrete de casa até o escritório, acostumado com as minhas conversas descontraídas, ficava sem entender o meu silência e, de outras vezes, as palavras desconexas para ele, que pronunciava em voz alta, como se estivesse dialogando com uma sombra; ele chegou - coitado! - a preocupar-se tanto comigo, que recomendou ao Dr. Rômulo, nosso chefe, que me concedesse umas férias para eu tratar da cabeça...Não havia jeito de o espírito me conceder uma trégua e, aos poucos, aquilo foi me induzindo a uma quase depressão. Todo dia, era a mesma coisa, e foi aí que pude melhor avaliar o que suportam as vítimas de uma obsessão insidiosa.
Quando se completaram mais ou menos seis meses daquela perseguição, Emmanuel veio com o Dr. Bezerra de Menezes dizer-me que, finalmente, provicências haviam sido encaminhadas; que eu tivesse um pouco mais de paciência que, dentro de mais alguns dias, o caso se resolveria.- Chico, qual era o aspecto do espírito?- Ah, meu filho!, praticamente, a cada encontro; a voz era sempre a mesma, mas o seu aspecto...- E você não orava?- Só faltou me colocar de joelhos no assoalho da charrete... Prece alguma parecia sensibiliá-lo. Quanto mais orava, mais ele me xingava!- Como você se viu livre dele?- Numa tarde, no final do expediente, uma senhora me esperava para conversar. Atendia-a, preocupado com o horário, pois naquela quarta-feira teríamos desobesessão no centro, e eu não deveria me atrasar. - Em que poderia lhe ser útil, minha irmã? - perguntei-lhe. - O senhor me desculpe vir incomodá-lo no serviço, mas não tenho mais a que recorrer - explicou-se. - Sei que o senhor é um homem caridoso e tenho uma neta doente em casa; ela está com uma bicheira na perna que nada conseguir dar volta... Coitadinha, está sendo devorada viva! Eu não tenho mais dinheiro para médico e remédio; já vendi todas as minhas galinhas e os porcos que criava... Simpatia e benzição alguma têm dado resultado. Vim recorrer ao senhor. Por caridade, vem comigo! - Minha senhora, mas daqui há pouco eu tenho sessão no centro e não posso faltar... Amanhã de manhã, eu prometo visitá-la. - Amanhã de manhã não serve, Chico; tem que ser hoje e agora. Escutei, nítida, a voz de Emmanuel.- Então, vamos - respondi a ela, mudando de opinião, sem que a pobre mulher me entendesse de súbita atitude. - A senhora me leve até lá... A noite caiu depressa e começou a soprar um vento excessivamente gelado. Depois de andar uns cinqüenta minutos, chegamos às proximidades de um brejo, adentrando uma casinha de um só cômodo, que, sinceramente, estava prestes a desabar.
- O senhor não repare, mas é aqui que moramos... Desde que meu marido morreu, temos passado muita necessidade; eu já não tenho mais forças para cultivar nada...- E a menina?...- A menina, subnutrida, tiritava de febre, enrolada em alguns trapos; deveria ter de sete a oito anos. Sinceramente, eu nunca havia visto tanta miséria. Abaixei-me e comecei a tirar-lhe o pano da perna, procurando não me sentir incomodado pelo forte e desagradável cheiro de carne em putrefação... - Meu Deus, o que fazer? - perguntei, quando vi o estado da ferida que prativamente se estendia do calcanhar ao joelho da perna direita. Sob a luz da lamparina, examinei-a e não pude conter as lágrimas... Com certeza, aquela perna teria que ser amputada. - Por caridade, moço - solicitava-me a avó aflita -, não deixe minha netinha morrer, não deixe, pois ela é tudo que me restou de uma família que se destruiu...- Por onde andavam seus pais?- O pai havia sumido no mundo e a mãe, filha daquela senhora, saltara debaixo das rodas do trem, em Sete Lagoas.- E o avô?- Desesperado com o suicídio da filha e em grande revolta contra Deus, tivera um colapso fulminante.- Naquelas circunstâncias, o que pôde ser feito?- Orei, meu filho, com todas as fibras do coração e, utilizando os dedos como pinça, comecei a retirar aquelas larvas uma a uma; no entanto, quanto mais eu as retirava, mais elas pareciam se multiplicar... A menina, de tão fraca, não soltava sequer um gemido. Agora, sentado no chão de terra úmida, com a perna dela sobre o meu colo, percebendo inúteis todos os meus esforços, as minhas lágrimas se faziam mais copiosas. Foi quando, então, divisei o vulto do Dr. Bezerra naquela choupana, em que se desdobrava tão dramática cena. Eu me esquecera completamente da sessão no "Meimei" e perdera a noção das horas... - Chico - disse-me o Dr. Bezerra -, utilize as suas lágrimas como soro fisiológico e antibiótico... Lave, Chico, lave toda a perna da criança com as suas lágrimas!
- E você o fez?- Creia, meu filho, que não me foi difícil, porque eu nunca havia chorado tanto... Quando terminei aquele curativo, a menina dormia e a sua avó me olhava assustada, com a lamparina prestes a apagar nas mãos. Devo ter saído de lá quase meia-noite e não sei como, sozinho, pude acertar com o caminho de volta.- E o pessoal do centro?- Preocupara-se com a minha ausência, mas, quando cheguei a casa, só a minha irmã Luíza estava me esperando acordada. - Chico, por onde você andou? - perguntou-me, da cama, escutando o barulho da porta se abrindo. - Fui visitar um doente; não se preocupe - respondi. - Você ainda há de ser agredido por aí, se expondo desse jeito; qualquer hora, vamos receber a notícia de sua morte aqui em casa... - Fique tranqüila, Luíza, ninguém morre!... - Naquela noite, eu não consegui dormir de jeito nenhum: a visão daquelas larvas se mexendo na perna da menina e aquele odor forte nas narinas...- Você foi trabalhar no outro dia?- É claro que sim, e saí mais cedo para que ninguém me visse de olhos inchados, e, depois, o nosso chefe na repartição não admitia falta injustificável - se a gente estava doente, tinha que ir até lá para mostrar que estava doente e ser dispensado por ele!- E o espírito que o esperava na estrada?- Estava lá, meu filho, de porrete na mão, à minha espera. Quando o avistei, imaginei que fosse desfalecer; eu havia despendido muita energia e me sentia enfraquecido... - Hoje, ele me pega - disse, conformado. Mas, para minha supresa, ele me acompanhou o trajeto todo sem dizer uma única palavra e, inclusive, tive a impressão de que se compadecia de mim. O Dr. Rômulo era um homem enérgico, no entanto de coração muito sensível à dor dos semelhantes. Ao notar-me diferente, trabalhando mais lento naquele dia, ele me perguntou o que estava acontecendo.
Expliquei o ocorrido e, à hora do almoço, ele me pediu que o levasse até a caa da garotinha; mandou encher a charrete de mantimentos e, em poucos minutos, lá estávamos. A senhora avó dela, quando nos viu chegando, caiu de joelhos e ergueu as mãos postas para o Céu. - O que é isso, milha filha? - indaguei, desconcertado. Milagre! Milagre!... Venham, venham ver!... A menina, já sem febre e com a perna semicicatrizada, esboçou um sorriso quando entramos. - O senhor é um santo, "seu" moço! - falou-me, não cabendo em si de contente. - Um animal!, eis o que sou, minha avó - retruquei, com vergonha do meu chefe, que, sem cerimônia, emendou: - É por este motivo que ele trabalha na Fazenda Modelo, dona!- O que aconteceu em seguida?- O Dr. Rômulo providenciou para que a avó e a neta tivessem recursos para irem ao encontro de familiares que viviam no interior de São Paulo, na cidade de Amparo. Pagou-lhes justo preço por aquele pedaço de terra e, depois de dois meses, eu as conduzi à estação ferroviária; a menina, de nome Joaquina, corria de um lado para outro, com um laçõ cor-de-rosa amarrado aos seus cabelos castanhos cacheados...- O espírito que o ameaçava e queria matá-lo...- Era o avô de Joaquina, esposo de D. Emerenciana. Transformou-se em meu amigo e naquele dia mesmo, após a primeira visita que, na companhia do Dr. Rômulo, fizemos ao humilde casebre onde a esposa e a neta moravam, esperou-me, à tarde, na estrada, quando voltava do trabalho, e me disse: - Quer pedir a você que me perdoe; eu estava transtornado e outros espíritos, inimigos seus, se aproveitaram de mim... Enquanto eu puder, ninguém há de lhe encostar a mão. Chame-me, quando precisar... Eu não tenho o seu coração, mas você não tem a minha força; sou um homem rude, no entanto sei ser grato... De hoje em diante, você pode contar comigo, para o que der e vier!...
- O que você lhe respondeu?- Abencoi-o, meu filho, e não dispensei o seu oferecimento; o médium, para cumprir com o dever que lhe cabe, necessita do auxílio de muita gente...- Precisou dele alguma vez?- Precisei, mas isto é outra história e fica para depois.- Naquela noite a sua própria desobesessão...- Foi feita pela Caridade!
"Chico Xavier foi um homem exemplar e sempre disposto a fazer o bem. Dedicou a vida às pessoas que o procuraram. Soube entendê-las, amá-las e orientá-las."
Querido Chico, sei que continuarás junto aos pobres e humildes que você amou, abraçou e socorreu, mas lhe peço, não esqueça de nós outros, pobres de virtudes e cheios de fraquezas, venha socorrer-nos nas dificuldades que encontramos para aprender a amar, perdoar e servir.Até breve, querido Chico. Estamos felizes pela sua vitória! Com certeza, neste momento, você desfruta da presença do Mestre a quem soube amar e representar junto aos seus irmãos aqui na Terra. O Brasil recebeu muito de você enquanto esteve encarnado entre nós, e receberá muito mais agora, pois você será uma voz ecoando nos céus da nossa pátria, intercedendo constantemente junto a Jesus por todos os brasileiros.
Até breve, querido Chico! obrigado pelos seus ensinamentos!
Com carinho.
Hercules.
Um comentário:
Meu querido, meu amigo.
Somos nós que devemos agradecer a você por essas reuniões tão proveitosas, onde a cada dia aprendemos um pouco mais, e damos um passo à frente.
Deus sabe muito bem a quem Ele deve dar o dom. Que esse seu dom seja sempre bem aproveitado, junto com os sábios ensinamentos do mestre Chico Xavier.
Sou grata à você pelas lições que tenho aprendido.
Uma pessoa que dedica seu tempo a ajudar o próximo, só pode ser muito, muito, muito feliz. E é isso que eu sempre desejarei à você. Muita saúde, paz, harmonia e felicidade. Obrigada por tudo.
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