terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Ser, Ter, ou Faz de Conta????



Há três períodos distintos no comportamento das pessoas, o primeiro é o ser, segundo é o ter e o terceiro é o faz de conta...
A grande maioria das pessoas está na fase do faz de conta...

Refletindo,

Recentemente, proferindo uma palestra intuido pelo mentor espiritual, Ele me trouxe pontos importantes para reflexão dos ouvintes.
"Preste atençao em três períodos distintos no comportamento das pessoas", dizia a entidade.
"O primeiro momento se vive na infância, quando se aprende dos pais que é preciso ser. 
Ser honesto, ser educado, ser digno, ser respeitoso, ser amigo, ser leal."
"Algumas décadas mais tarde, vem a fase do ter. E preciso ter."  "Ter boa aparência, ter dinheiro, ter status, ter coisas, ter e ter..."
"Na atualidade, estamos presenciando a fase do faz de conta."

Analisando sob esse ponto de vista, cheguei à conclusão que o mentor espiritual tinha toda razão, pois hoje, as pessoas fazem de conta e está tudo bem.
Os pais fazem de conta que educam, professores fazem de conta que ensinam e os alunos fazem de conta que aprendem.
Profissionais fazem de conta que são competentes, governantes fazem de conta que se preocupam com o povo e o povo faz de conta que acredita.
Pessoas fazem de conta que são honestas, líderes religiosos se passam por representantes de Deus, e fiéis fazem de conta que têm fé.
Doentes fazem de conta que têm saúde, criminosos fazem de conta que são dignos e a justiça faz de conta que é imparcial.
Traficantes se passam por cidadãos de bem e consumidores de drogas fazem de conta que não contribuem com esse mercado do crime.
Pais fazem de conta que não sabem que seus filhos usam drogas, que se prostituem, que estão se matando aos poucos, e os filhos fazem de conta que não sabem que os pais sabem.
Corruptos se fazem passar por idealistas e terroristas fazem de conta que são justiceiros...
E a maioria da população faz de conta que está tudo bem...

Mas uma coisa é certa: não podemos fazer de conta quando nos olhamos no espelho da própria consciência. Podemos até arranjar desculpas para explicar nosso faz de conta, mas não justificamos.
Importante salientar, todavia, que essa representação no dia-a-dia, esse faz de conta, causa prejuízos para aqueles que lançam mão desse tipo de comportamento.
A pessoa que age assim termina confundindo a si mesma e caindo num vazio, pois nem ela mesma sabe quem é, de fato, e acaba se traindo em algum momento.   E isso é extremamente cansativo e desgastante.
Raras pessoas são realmente autênticas.
Por isso elas se destacam nos ambientes em que se movimentam.
São aquelas que não representam, apenas são o que são, sem fazer de conta.
São profissionais éticos e competentes, amigos leais, pais zelosos na educação dos filhos, políticos honestos, religiosos fiéis aos ensinos que ministram.
São, enfim, pessoas especiais, descomplicadas, de atitudes simples, mas coerentes e, acima de tudo,
fiéis consigo mesmas.
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Sabe de uma coisa, a  pessoa que vive de aparências ou finge ser quem não é corre sérios riscos de entrar em depressão.
Isso é perfeitamente compreensível, graças à batalha que trava consigo mesma e o desgaste para manter uma realidade falsa.
Se é fácil enganar os outros, é impossível enganar a própria consciência.
Por todas essas razões, vale a pena ser quem se é, ainda que isso não agrade os outros.
Afinal, não é aos outros que prestaremos contas das nossas ações, e sim à nossa consciência.

E então, não devemos nos preocupar tanto em ter e sim, em ser, pois este vai nos acompanhar a vida toda, este é o nosso valor.
Procure conhecer-se mais, não faça de conta que esta tudo bem se você realmente sabe e sente que não esta tudo bem, pois se não fizer nada para mudar a situação que lhe incomoda então nada ira mudar.
Se você sonha com que as coisas fiquem melhores, então vá e realize, não fique na fase do faz de conta!

Com carinho,
Hercules

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